Um ato público pela valorização dos
agentes comunitários de saúde e de combate às endemias foi realizado na última
quinta-feira (20) na Câmara dos Deputados. A categoria cobra do Parlamento a
votação do PL 7495/06 que fixa um piso salarial para a categoria. Os agentes
farão vigílias no Congresso Nacional nas próximas semanas, como estratégia para
conquistar os parlamentares à sua causa. O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS),
presidente da Frente Parlamentar da Saúde, afirmou que é preciso retomar a
pressão, pois o Governo não tem interesse em votar a matéria. O parlamentar, no
entanto, acredita que o clima de rebeldia liderado pela bancada do PMDB na
Câmara, pode propiciar a votação do PL no mês de abril.
Segundo Perondi, os agentes passam
fome, mas não deixam os corredores do Congresso Nacional, numa campanha
guerreira para que seja votado o piso que eles merecem. Para Perondi, o agente
de saúde é um verdadeiro anjo da guarda, que bate às portas das casas para
orientar uma mãe, um idoso, um hipertenso. “Eles são essenciais para a saúde de
todos os brasileiros e ajudam a reduzir a despesa da própria prefeitura na área
da saúde, em consultas, exames e internações. Eles fazem prevenção. Prefeito
inteligente tem sim que complementar o salário do agente. Infelizmente a maioria
não o faz”, lamentou Perondi.
A presidente da Confederação Nacional
dos Agentes Comunitários de Saúde (CONACS), Ruth Brilhante de Souza, reafirmou o
que disse Perondi. Ela denunciou que em muitos municípios o valor repassado ao
agente é inferior a um salário mínimo.
O presidente da Frente Parlamentar em
Defesa dos Agentes Comunitário de Saúde, o deputado Raimundo Gomes de Matos
(PSDB-CE), afirmou que o Governo não deixa o Congresso votar o PL 7495/06. “O
projeto tramita na Câmara desde 2006 e vários acordos foram feitos, mas na hora
da votação o governo retira do plenário os parlamentares que compõe a base e
voltamos à estaca zero”, disse. O parlamentar lembra que no final do ano passado
houve um embate em plenário sobre o piso dos agentes que durou cerca de quatro
horas, mas a proposta não foi votada por orientação do Governo.
Fonte: Assessoria de Imprensa: Fábio Paiva
Postado por Levi de Oliveira
|
|
0 Comentários