A propriedade da Linha São José,
do produtor Luís Carlos Pinto Ribeiro, recebeu segunda-feira (16/11) mais de 80
agricultores das comunidades do interior de Pinhal, durante Tarde de Campo
sobre Bovinocultura de Leite, promovida pela Emater/RS-Ascar e Secretaria
Municipal da Agricultura. O objetivo da atividade é fomentar a cadeia produtiva
do leite no município de Pinhal. Depois da suinocultura, a bovinocultura de
leite é a atividade mais presente nas pequenas propriedades rurais do
município.
Em quatro estações, os
agricultores acompanharam os diferentes processos que são necessários para o
desenvolvimento da atividade leiteira. Melhoramento genético de bovinos de
leite foi o tema trabalhado pelo médico veterinário de Pinhal, Felipe Klein.
“Algumas características devem ser levadas em consideração para identificar uma
boa vaca. A alta produção de leite com alta porcentagem de gordura, proteína e
lactose, longa vida produtiva, problemas reprodutivos mínimos, conformação que
reduz a incidência de mastite e doenças de casco, conversão alimentar
eficiente, entre outras”, destacou o veterinário, garantindo que a melhora do
rebanho significa melhora na qualidade do leite e, consequentemente, da renda.
O panorama da situação atual da
atividade leiteira e a sua posição no mercado foram assuntos tratados pelo
assistente técnico regional de Sistemas de Produção Animal da Emater/RS-Ascar
de Frederico Westphalen, Valdir Sangaletti. “O leite é uma atividade importante
para a matriz produtiva da região, pois gera renda para as famílias e
desenvolve a comunidade local. Será cada vez mais necessário profissionalizar
os produtores de leite, desenvolvendo escala de produção e qualidade e, junto
disso, a gestão da atividade”.
Sangaletti reforçou também os
desafios da atividade leiteira. “A preservação da presença social da atividade,
a dinâmica financeira de geração de renda mensal, a escala e qualidade do
leite, sistemas de controle de custos e produção, gerenciamento da atividade e
redução da penosidade são alguns desafios que a cadeia do leite tem que
enfrentar daqui para frente”, afirmou.
O engenheiro agrônomo da
Emater/RS-Ascar de Palmitinho, Jeferson Vidal Figueiredo, conversou com os
agricultores sobre a importância da pastagem perene para a atividade leiteira,
em especial nas pequenas propriedades. O agrônomo destacou o planejamento
forrageiro como a ferramenta que permite aos produtores calcular a produção e
garantir pasto o ano todo para os animais, além da utilização de complementos
de forma adequada, de acordo com a produtividade de cada animal. “O que segura
a propriedade leiteira é o pasto perene. É
mais sustentável e o baixo custo proporciona maior rendimento ao produtor”,
ressaltou.
Sobre irrigação, o engenheiro
agrônomo da Emater/RS-Ascar de Vista Alegre, Maicon Bisognin, falou sobre as
vantagens desse sistema para a atividade leiteira, destacando os programas
Irrigando a Agricultura Familiar e Mais Água Mais Renda. “O uso da irrigação
potencializa o aproveitamento de nutrientes, aumenta a produção de forragem e
permite o aumento da lotação de animais por hectare”, explicou Maicon,
descrevendo os sistemas existentes no mercado e as especificidades e benefícios
de cada um. Na propriedade do Luis Carlos,
com 30 hectares, seis são destinados à pastagem perene e dois hectares são de
área irrigada. Com 45 animais, a produção média diária é de 18 litros de leite
por vaca. Além da bovinocultura de leite, o produtor trabalha com integração de
suínos.
Participaram da tarde de campo o
prefeito de Pinhal, Edmilson Pelizari, o secretário municipal da Agricultura,
Irio Barcarolo, o gerente adjunto do escritório regional da Emater/RS-Ascar de
Frederico Westphalen, Mario Coelho da Silva, e extensionistas técnicos da
Emater/RS-Ascar de Pinhal, Rodeio Bonito, Cristal do Sul e Novo Tiradentes.
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar – Regional de Frederico
Westphalen
Jornalista Marcela Buzatto
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