Enquanto as lavouras de milho e feijão são
colhidas no Rio Grande do Sul, atingindo respectivamente 35% e 70%, as culturas
da soja e do arroz seguem em desenvolvimento, beneficiadas pelos condições
climáticas do momento. De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela
Emater/RS-Ascar, as altas temperaturas, radiação solar abundante e
umidade do solo adequada aceleram o crescimento do milho e garantem o potencial
produtivo das lavouras em enchimento de grãos. A produtividade média do milho no RS
já apresenta aumento em relação à estimativa inicial e com ótima qualidade
comercial. Já as lavouras de feijão semeadas mais tardiamente
apresentam ótimo potencial produtivo, devido à melhora das condições climáticas
no final do ciclo. Na última região a implantar as lavouras, os Campos de Cima da
Serra, o desenvolvimento é satisfatório, com a maioria das áreas em floração.
Na
soja, as
lavouras vêm apresentando desenvolvimento dentro do esperado, com expectativa
de uma ótima safra. Apesar da baixa incidência de pragas, em decorrência do controle
preventivo e do clima favorável ao controle natural, os produtores gaúchos
continuam aplicando fungicidas para controlar as doenças de final de ciclo.
Atualmente, a cultura da soja no RS encontra-se nas fases de desenvolvimento
vegetativo (17%), floração (36%), enchimento de grãos (45%) e maturação (2%),
com bom estande de lavouras.
O
crescimento
das lavouras de arroz é favorecido pela chuvas regulares, a intensa radiação
solar e as temperaturas elevadas. No Estado,
o arroz está com 55% das áreas em germinação e desenvolvimento vegetativo, 20% em
floração, 20% em granação e 5% em maturação final.
CRIAÇÕES
O
clima também tem favorecido a produção leiteira, pois as pastagens anuais de
verão apresentam boas condições de pastejo. Além das pastagens para alimentar
os animais, os produtores estão utilizando silagem, feno, grãos, farelos e
ração. As condições sanitárias e nutricionais são adequadas, e os produtores
seguem o combate às verminoses e o controle de mamites e carrapatos.
As
elevadas temperaturas prejudicam o desempenho de animais em produção,
especialmente os da raça Holandesa, que consomem até 20% a menos de forragem.
Nesse sentido, os agricultores devem ficar atentos para o fornecimento de água
e o acesso dos animais à sombra.
O
rebanho ovino melhorou muito no último período, especialmente após a fase de
esquila e com o clima seco, que diminuíram os problemas de doenças de casco. Os
ovinos ganharam peso, possibilitando aos pecuaristas ofertarem boas quantidades
de animais para o abate. Segue no Estado a temporada reprodutiva dos rebanhos.
Este não é o manejo mais recomendado, porém é o mais empregado. A época
recomendada é após a primeira quinzena de março, proporcionando uma temporada
de nascimentos após os rigores do inverno.
Na piscicultura, há alguns registros de perdas de peixes em
função de deficiência de oxigenação dos açudes, em decorrência de dias quentes e
abafados. Os técnicos dos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar estão
orientando aos agricultores para que melhorem a renovação de água, diminuam a alimentação neste período e optem
pelo uso de aeradores, inclusive artesanais. Em todo o Estado, os
criadores estão fazendo reservas de alevinos para povoamento dos tanques e
planejando o próximo ano. Os municípios estão se organizando ainda para a realização
das feiras de peixe no período da Páscoa.
Assessoria
de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Jornalista
Adriane Bertoglio Rodrigues
imprensa@emater.tche.br
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