Milhares de agricultores se reuniram, na manhã desta quinta-feira (23), em Santa Rosa na região Noroeste do Rio Grande do Sul, para protestar contra as alterações previstas pelo governo federal na reforma da previdência. A categoria pede mudanças no que se refere ao tempo e a forma de contribuição dos trabalhadores rurais.
"O aumento da idade para as mulheres, de 55 para 65 anos, do homem de 60 para 65 anos, a forma de contribuição, que hoje o agricultor contribui a partir da sua produção e o governo quer criar uma alíquota mensal", reclama Agnaldo Barcelos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Antônio das Missões.
Segundo estimativa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) e da Brigada Militar, cerca de 12 mil agricultores de 150 cidades gaúchas foram a Santa Rosa participar da manifestação. A entidade pondera que essas alterações afetariam também a economia dos municípios.
"O agricultor recebe e esse recurso é reinvestido dentro dos próprios municípios, dentro do comércio municipal, dentro do comércio da região. Volta a gerar empregos, volta a gerar impostos", afirma Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag.
A Fetag estima que, em 71% das cidades brasileiras, o retorno do fundo de participação dos municípios que é repassado pela União seja menor que os benefícios previdenciários que chegam aos agricultores.
Por esses motivos, os manifestantes caminharam pelas principais ruas da cidade e entregaram ofícios em agências bancárias e receberam o apoio de outros sindicatos. Na região, pelo menos 15 prefeituras não tiveram atendimento ao público na manhã desta quinta-feira ou decretaram ponto facultativo em apoio ao protesto.
Fonte G1. Foto RBS
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