Milhares de mulheres ligadas à Via Campesina, ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a centrais sindicais se manifestaram na manhã desta quarta-feira, Dia Internacional da Mulher, em Porto Alegre. Os atos começaram por volta das 6h, quando o grupo iniciou uma marcha saindo da Ponte do Guaíba, na BR 290. Elas percorreram as avenidas Sertório e Farrapos até chegarem ao Centro Histórico da Capital, carregando cartazes com dizeres como “Nenhum Direito a Menos” e “Mulheres nas Ruas”.
Durante o trajeto, algumas vias foram bloqueadas. Com isso, houve registros de trânsito intenso e lentidão, bem como atrasos em algumas linhas de ônibus da região central e da zona Norte de Porto Alegre. De acordo com as manifestantes, o objetivo do protesto é marcar o Dia Internacional da Mulher como de luta em defesa dos direitos previdenciários e trabalhistas e contra as reformas propostas pelo governo Michel Temer. Em determinados momentos, o grupo chegou a entoar gritos de “Fora, Temer”. Entre outros assuntos, elas também pedem o fim da violência contra as mulheres e defendem o Sistema Único de Saúde (SUS) e “uma educação sem mordaça.
Por volta das 9h, as trabalhadoras rurais e urbanas realizaram um ato de repúdio à PEC 287, que trata da reforma da Previdência, em frente a agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Cerca de uma hora depois, o grupo voltou a se descolocar e seguiu em direção à Praça da Matriz, onde se concentraram em frente ao Palácio Piratini. Em seguida, participaram do seminário “O Impacto da Reforma da Previdência na Vida das Mulheres”, na Assembleia Legislativa. A atividade foi proposta pelo deputado Edegar Pretto (PT).
Outras atividades estão previstas para a tarde desta quarta-feira. Em Porto Alegre, devem ocorrer eventos culturais na Praça da Matriz e uma nova marcha, com concentração a partir das 17h na Esquina Democrática.
No Rio Grande do Sul, trabalhadoras realizam atos em cidades como Bagé, Caxias, Erechim, Pelotas e Santa Maria. Outras cidades do Brasil também sediam manifestações, com foco tanto na reforma da Previdência quanto contra temas como racismo, aborto e violência contra a mulher. Além disso, em pelo menos 30 países, o Dia Internacional da Mulher é marcado por paralisações que visam fazer uma greve geral para reforçar a importância do papel das mulheres no mercado de trabalho e na sociedade.
Fonte C.P.
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