O Grêmio jogou com autoridade, neste domingo, e venceu o Brasil de Pelotas para ser coroado campeão gaúcho em 2018. A redenção veio oito anos depois do último título estadual, com a assinatura de Renato Portaluppi e do timaço que já coleciona títulos. A goleada de 3 a 0 definiu a 37ª conquista do Tricolor no Gauchão, com um saldo poderoso para levantar a taça.
O Xavante teve aquele empurrão inicial da torcida e pressionou para abrir o placar, mas não conseguiu quebrar a boa postura defensiva gremista. Depois de controlar as ações, foi o Grêmio que gerou as melhores chances da primeira etapa.
A primeira chance foi do Tricolor. Aos seis minutos, Jael mandou com perigo no levantamento de Luan, tirando tinta do poste esquerdo. O Brasil respondeu aos 12, num belo chute de Alisson Farias. O atacante ajeitou na entrada da área e disparou a bomba, que explodiu no ângulo esquerdo. Merecia o golaço, mas não levou sorte.
O Xavante insistiu nas bolas chuveiradas na área, mas Geromel e Kannemann seguraram as pontas para manter o zero no placar. Aí o Tricolor assumiu as rédeas da partida. Aos 18, Everton fez grande jogada, roubou no meio, meteu uma caneta no lateral e cruzou para Jael. Ele não conseguiu desviar para o gol, sob forte marcação. Num contra-ataque do Xavante, Mossoró abriu para Calyson na frente da área, mas o garoto chutou para fora.
Para administrar o resultado, o Grêmio passou a tocar bem a bola e procurar espaços cirúrgicos, estocando nos erros do Xavante, mas também gerando um bom intervalo sem lances de gol. Eles vieram mais no fim da etapa.
Aos 39, Luan tentou tabela com Ramiro e o zagueiro botou a mão na bola. O próprio Luan cobrou falta e fez parte da torcida gritar gol. O chute forte deslizou pelo ângulo direito, mas estava pelo lado de fora das redes. O craque perdeu mais um aos 41 minutos. Jael recebeu no meio, escapou de dois marcadores e entregou com açúcar para Luan. Só que o atacante chutou em cima de Pitol. Antes da virada, Alisson Farias tentou o chute de fora da área, mas parou em defesa de dois tempos por Marcelo Grohe.
As equipes voltaram sem modificações para a segunda etapa. Logo, porém, o Xavante tornou uma chance de reação muito mais difícil. Jael puxou contragolpe aos dois minutos e Leandro Leite matou a jogada com falta. Levou o segundo amarelo e foi expulso, deixando o Brasil novamente com 10 em campo.
Mesmo com o prejuízo, a equipe de Pelotas ainda tentou um último ímpeto. Aos cinco minutos, Lourency foi desarmado por Kannemann e sobrou para Ednei. O volante mandou a patada, mas parou nas mãos de Grohe. Dois minutos depois, Kannemann errou um passe fácil e armou contragolpe. Calyson lançou Valdemir, que entortou Geromel e chutou forte, mas sobre a meta.
A partir daí, o Tricolor mandou na bola e sem qualquer pressa de levantar a taça. Trocando bolas com qualidade, Maicon e Arthur evitaram maiores riscos e organizaram os ataques com precisão. Faltava o gol, porém.
A primeira tentativa teve Everton e Luan desperdiçando, aos 9 minutos. Arthur lançou o Cebolinha na cara do gol, mas ele chutou em cima de Pitol. Sobrou rebote para Luan e sem goleiro o atacante chutou para fora. Éverton tentou de novo aos 20, com um chute de fora da área. Pitol se atrapalhou, viu a bola quicar entre as pernas, mas recolheu, evitando o frango.
Os esforços do Xavante, contudo, não impediram mais uma vitória tricolor. E com gol do homem de confiança de Renato. Cícero entrou no lugar de Luan para deixar sua marca. Aos 35, Léo Moura disparou na linha de fundo e rolou para Thonny Anderson. O garoto chutou e ia para fora, mas Cícero se atirou na bola e fulminou para o 1 a 0.
Tinha mais no estoque, e um estoque de excelente qualidade. Aos 40 minutos, Alisson recebeu no lado esquerdo, escapou de um marcador e chutou entre dois zagueiros. A bola foi reta, sem escalas no ângulo direito para um golaço digno de título e o 2 a 0 consagrador. Com goleada também vale, e Léo Moura definiu o 3 a 0 antes do apito final em linda assistência de Maicon nas costas da zaga. Era só correr para o abraço!
FONTE C.P.
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