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RS: Entidades do agro insistem em medidas de longo prazo para evitar mais perdas com a estiagem

 

O Rio Grande do Sul, que pretendia colher na safra 2022/2023 cerca de 6 milhões de toneladas de milho, terá novamente sua expectativa frustrada pela estiagem, chegando, com sorte, a um volume de 3,5 milhões de toneladas, conforme cálculos da Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL). Para que esta matemática pare de se repetir – já é o terceiro ano consecutivo de perdas na cultura -, o diretor executivo da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Sérgio Feltraco, defende a efetivação de políticas que proporcionem ao Estado uma maior área agrícola irrigada.

Na última terça-feira, em reunião com o governador Eduardo Leite e seu secretariado, a entidade foi além, e sugeriu que o governo avance para a criação de programas destinados à conservação do solo e de consolidação de informações meteorológicas seguras e úteis para o produtor.”Seria muito interessante um serviço do Estado que oferecesse um detalhamento assertivo das condições climáticas, compilando as informações e entregando aos produtores um diagnóstico antecipado. Hoje as informações são desencontradas, cada instituto meteorológico com uma interpretação”, comenta.

Feltraco diz que a federação é favorável ao encaminhamento das medidas de apoio ao produtor que estão sendo tratadas desde o ano passado, entre elas a concessão de créditos emergenciais. “Mas é preciso criar um ambiente de maior previsibilidade para diminuir as perdas”, aconselha.Também presente na reunião realizada na terça-feira na sede da Procuradoria-Geral do Estado, o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Eugênio Zanetti, confirma que a situação dos produtores é, novamente, “desesperadora”. “Desde a estiagem passada pouco ouvimos sobre medidas que venham para resolver os problemas em definitivo”, reclama o dirigente. Segundo

Zanetti, a entidade reconhece as dificuldades de recursos e a burocracia, mas reitera que o produtor precisa que algo seja feito.Na reunião do dia 11, o secretário da Casa Civil, Arthur Lemos, anunciou que em até 15 dias serão apresentadas ao governador as medidas para amenizar os prejuízos que se apresentam e o que pode ser feito em longo prazo.

Fonte Comunitária FW.

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